Saúde

Pequenos hábitos geram grandes impactos no bem-estar da saúde digestiva

De acordo com o Ministério da Saúde e a Federação Brasileira de Gastroenterologia, o aumento no número de casos de pessoas com problemas digestivos está diretamente relacionado ao estilo de vida atual. Hábitos simples, como uma alimentação adequada, sem o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados, a prática de atividades físicas, o equilíbrio harmônico da mente, além de cuidados como evitar o tabagismo e o alcoolismo são essenciais para o bem-estar e o bom funcionamento do sistema digestivo.

O Dia Mundial da Saúde Digestiva, celebrado em 29 de maio, vem reforçar a importância da conscientização da população de cuidar do aparelho digestivo, responsável por funções essenciais como absorção de nutrientes, imunidade e produção de substâncias que regulam o humor.

Segundo o médico gastroenterologista, hepatologista e endoscopista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Rodrigo Lovatti, que também é coordenador do serviço de gastroenterologia e endoscopia do Hospital Márcio Cunha (HMC), problemas como gastrite, refluxo, intolerâncias alimentares e a síndrome do intestino irritável estão entre os mais comuns. Esses distúrbios afetam milhões de brasileiros. “Os problemas digestivos são extremamente comuns. Entre os mais prevalentes, estão a dispepsia funcional, conhecida como gastrite, o refluxo gastroesofágico, as intolerâncias à lactose e à frutose e a síndrome do intestino irritável. Muitas vezes, esses quadros passam despercebidos ou sem o diagnóstico adequado, o que prejudica muito a qualidade de vida das pessoas”, destaca o médico Rodrigo Lovatti.

O médico da FSFX explica que atitudes simples podem fazer grande diferença no dia a dia e melhorar a saúde digestiva. “Mastigar bem os alimentos, comer com calma, evitar refeições muito volumosas, principalmente à noite, reduzir o consumo de açúcar e gordura e praticar atividade física regularmente são hábitos que têm impacto direto na digestão e no conforto abdominal”, orienta.

médico Rodrigo Lovatti

O especialista também chama atenção para sinais de alerta que não devem ser ignorados. “Perda de peso sem explicação, sangue nas fezes, dificuldade para engolir, dor abdominal persistente e anemia sem causa aparente exigem investigação. Esses sintomas podem indicar doenças mais graves, como inflamações crônicas, câncer gastrointestinal ou doenças autoimunes”, alerta.

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Dentro do sistema digestivo, um órgão ganha muito destaque: o intestino. A ciência já comprovou que o ele vai muito além de um órgão digestivo. Ele é considerado por muitos especialistas como o “segundo cérebro” do corpo humano. “Nós podemos dizer que o intestino é um verdadeiro órgão emocional, porque ele abriga o maior número de neurônios fora do cérebro e está profundamente ligado ao eixo intestino-cérebro. Um microbioma intestinal saudável regula não só a digestão, mas também o sistema imune e a produção de neurotransmissores como a serotonina. Para se ter uma ideia, em torno de 80 a 90% de toda a serotonina produzida pelo nosso corpo é produzida no intestino, influenciando diretamente no humor, na ansiedade e na disposição”, completa Dr. Rodrigo Lovatti.

Para manter esse sistema funcionando bem, o médico da FSFX recomenda uma rotina equilibrada. “Busque uma alimentação rica em fibras (com frutas, verduras e cereais integrais), com consumo regular de água, evite pular refeições ou comer em excesso, restrinja alimentos ultraprocessados e inclua opções fermentadas, como iogurte natural. Tenha um sono de qualidade, pratique atividade física e, diante de qualquer sintoma persistente, busque ajuda médica”, orienta Lovatti. 

Portanto, campanhas de conscientização, como o Dia Mundial da Saúde Digestiva, são fundamentais para ampliar o conhecimento da população sobre doenças inflamatórias intestinais e a doença celíaca, que é uma doença autoimune de intolerância ao glúten. “Essas campanhas são muito importantes, pois visam principalmente educar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais e a doença celíaca, além de combater o preconceito e promover o diagnóstico precoce”, pontua o médico da FSFX.

Fundação São Francisco Xavier

A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).

As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.

Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

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Jornalista Dom Lele Botelho

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