O Ministério Público Eleitoral ingressou com ação de impugnação de candidatura contra um ex-prefeito de Galileia, no Vale do Rio Doce. Ele pleiteou, na Justiça Eleitoral, candidatura ao cargo de chefe do Poder Executivo local para as eleições deste ano, contudo, segundo apurado, não apresentou a documentação necessária ao deferimento do pedido.
Ao pedir a impugnação, o MP aponta que o ex-prefeito foi condenado anteriormente, em 2021, por improbidade administrativa, com decisão transitada em julgado, à suspensão dos direitos, uma vez que praticou atos que lesaram o patrimônio público e causaram seu enriquecimento ilícito e de terceiros. Ou seja, segundo o Ministério Público, o candidato é ficha-suja, portanto, inelegível.
O MP também destaca que há inúmeras ações de improbidade administrativa movidas contra o candidato, além das ações criminais que ele responde por ter se apropriado de bens ou rendas públicas ou os desviado em proveito próprio ou alheio, bem como por ter fraudado licitações. O MP Eleitoral ressalta, inclusive, que o ex-prefeito transformou a prefeitura na extensão de sua família, empregando diversos familiares que não tinham competência para tanto.
“Nas duas vezes que ocupou o cargo de prefeito no Município de Galileia, não tratou a coisa pública com o devido zelo e probidade, mas, ao contrário, praticou de forma habitual e reiterada atos de improbidade e crimes contra a Administração Pública”, diz trecho da ação.
Para o Ministério Público, possibilitar a candidatura de um ex-prefeito com antecedentes judiciais graves, como é o caso, compromete os interesses da coletividade