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Justiça anula condenação de Clésio Andrade em caso conhecido como ‘mensalão tucano’

Written by adminab
Ex-vice-governador e ex-senador recebeu pena de mais de cinco anos por irregularidades no esquema que injetou dinheiro de caixa dois na campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas

O ex-vice-governador e ex-senador Clésio Andrade teve a condenação pelo crime de lavagem de dinheiro anulada nesta terça-feira pela 5ª Câmara criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Além dele, o jornalista Eduardo Guedes, ex-secretário adjunto de Comunicação Social do governo Eduardo Azeredo também teve o pedido da defesa atendido e ficou livre da sentença condenatória. O caso em que ambos foram condenados ficou conhecido como “mensalão tucano”.

No pedido julgado hoje, as defesas argumentam que a condenação, ocorrida em maio do ano passado, era irregular, já que a 9º Vara Criminal de Belo Horizonte não teria competência para julgar a denúncia, pois se trata de crime eleitoral. Com a anulação, o caso foi remetido para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde começará novamente a tramitar.

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A condenação foi pelos três saques em espécie, de R$ 350 mil, R$ 1,96 milhão e R$ 250 mil feitos em 1998. Segundo a denúncia, Clésio, então vice-governador de Eduardo Azeredo (PSDB), teria participado do desvio de R$ 3,5 milhões em recursos públicos desviados para campanha eleitoral, via empresa de publicidade do empresário Marcos Valério. Quando condenado Clésio considerou a sentença “injusta e absurda”.

Na época a condenação foi parcial. A juíza Lucimeire Rocha decidiu absolver Clésio pelo crime de peculato, do qual o Ministério Público Federal também o acusou. Guedes também foi acusado a época por peculato – mais foi absolvido -, e lavagem de dinheiro, que recorreu. Condenados, Andrade recebeu pena de prisão de cinco anos e sete meses e o ex-secretário a mais de 17 anos. Reclusões anuladas com a nova decisão.

Esquema

Investigações apontam que, pelo esquema conhecido como mensalão tucano, dinheiro público de estatais como a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Comig, atualmente Codemig), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), privatizado em 1998, foi repassado às agências de publicidade. O dinheiro ia para a campanha do tucano via caixa dois.


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