Uncategorized

O Instituto Lula era uma especie de bate caverna da corrupção, diz executivo da Odebrecht

Written by adminab

O juiz insistiu. “E por que o sr. se utilizava do ex-presidente?’

O empresário começou a responder. “Excelência, a percepção que existia em todo o meio empresarial…”

O juiz interrompeu e retomou a palavra. “Quero entender porque (o processo) é um tráfico de influência. Tem que ter alguma promessa do réu nesse caso específico.”

“Nesse caso específico não me lembro de nada, a gente pode ter pedido para ele reforçar lá alguma coisa. Acho que é normal, a gente fazia isso com os presidentes quando viajavam, presidentes e ex-presidentes, nós atualizávamos eles o que estávamos fazendo nesses países, lobby positivo a favor das empresas.”

Ainda ao ser indagado sobre palestras relativas ao Instituto Lula, Odebrecht explicou. “Soube que houve um combinado do meu pai com Lula, ou Alexandrino (Alencar, executivo do grupo), não sei ao certo, para se fechar algumas palestras. Assim como soube que várias outras empresas no Brasil e no exterior contrataram o presidente Lula para fazer palestras. Qual foi a motivação que meu pai contratou essas palestras, acho mais correto escutar diretamente dele.”

Odebrecht seguiu. “Havia duas razões: havia intenção de ajudar o Instituto Lula, como ajudamos o Instituto FHC. O presidente Lula era pessoa que tinha imagem bastante positiva em vários países em que a gente atuava. Ao contratar ele para umas palestras não deixara de ser um trabalho de relações públicas.”

O juiz Vallisney Oliveira perguntou a Odebrecht. “Os srs utilizavam o ex-presidente Lula para fazer algum pedido ao governo da ex-presidente Dilma? Ele (Lula) trabalhava, entre aspas, pela empresa?, fazia algum favor para a empresa junto ao governo? Aqui (no processo) tem um crime de tráfico de influência. O sr como colaborador o que pode dizer sobre isso?”Veja também: Fantoche de Greta Thunberg é ‘enforcado’ em viaduto de Roma

“A maior dificuldade que tinha com a presidente Dilma era, por exemplo, no nosso caso, o projeto do etanol que o presidente Lula incentivou a Odebrecht entrar e, depois, a presidente Dilma fez várias medidas que foram contra”, respondeu o empresário. “Então, tinha sim, nós, empresários, recorríamos a Lula para tentar influenciar Dilma porque entendíamos que os rumos do governo não estava sendo dos mais adequados.”

Odebrecht reiterou que “o Instituto Lula virou uma romaria de empresários”.

“Mas eu não diria que nesse processo foi feito nada de ilícito, era uma coisa normal de um presidente que saiu e que colocou a sucessora dele.”


c="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js">

About the author

adminab

Leave a Comment