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Mensagens entre Moro e Deltan revelam colaboração na Lava-Jato, afirma site

Written by adminab
Uma matéria do The Intercept Brasil revelou conversas entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dalagnol sobre os rumos e a sequência das investigações

O Ministério Público Federal divulgou uma nota às 20h, deste domingo (9/6), informando que a força-tarefa da Lava-Jato foi alvo de uma ação criminosa por parte de um hacker “que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes”.  A publicação foi motivada por uma matéria do The Intercept Brasil que revela conversas entre promotores e, também, entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dalagnol sobre os rumos e a sequência das investigações e, até, o telefone de testemunhas. 

Segundo texto do MPF, que chega a falar em fake news, as mensagens pessoais de trabalho podem ter sido tiradas de contexto. A matéria do Intercept foi dividida em quatro partes. Na publicação, o veículo afirma que não procurou as fontes para obter uma resposta sobre as trocas de mensagem para evitar uma possível ação que impedisse a publicação. 

O Intercept também afirma que conseguiu o material antes do suposto ataque ao celular do agora ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. A Polícia Federal investiga o ataque ao celular do ministro. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou a invasão e o número foi cancelado.

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A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR) vem a público informar que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes. 
A ação vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de identidade de alguns de seus integrantes. Não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho. 
Dentre as informações ilegalmente copiadas, possivelmente estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança dos integrantes da força-tarefa e de suas famílias.
Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cinco anos de Operação.
Contudo, há três preocupações. Primeiro, os avanços contra a corrupção promovidos pela Lava Jato foram seguidos, em diversas oportunidades, por fortes reações de pessoas que defendiam os interesses de corruptos, não raro de modo oculto e dissimulado.
A violação criminosa das comunicações de autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado e se coaduna com o objetivo de obstar a continuidade da Operação, expondo a vida dos seus membros e famílias a riscos pessoais. Ninguém deve ter sua intimidade – seja física, seja moral – devassada ou divulgada contra a sua vontade. Além disso, na medida em que expõe rotinas e detalhes da vida pessoal, a ação ilegal cria enormes riscos à intimidade e à segurança dos integrantes da força-tarefa, de seus familiares e amigos.
Em segundo lugar, uma vez ultrapassados todos os limites de respeito às instituições e às autoridades constituídas na República, é de se esperar que a atividade criminosa continue e avance para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto, falsificar integral ou parcialmente informações e disseminar “fake news”.
Entretanto, os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais. A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do “hacker” para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato.

 


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