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Dois peso e duas Medidas, Vereador do PSL acusado de rachadinha volta para câmara de Belo Horizonte

Written by adminab

Cláudio Duarte (PSL) passou a manhã em seu gabinete e à tarde participou da reunião plenária. Político ficou afastado durante 60 dias por decisão da Justiça

Fonte: Isabella Souto agencia UAI

Afastado da Câmara Municipal por 60 dias sob a acusação de obrigar os funcionários do gabinete a devolver 10% do salário – a chamada “rachadinha – , o vereador Claudio Duarte (PSL) retornou nesta segunda-feira ao plenário. E também hoje foi remetido à Casa o inquérito da Polícia Civil que o indiciou por organização criminosa, peculato e obstrução da Justiça. 

A Polícia Civil requereu à Justiça o afastamento do político por mais 120 dias, mas ainda não houve qualquer decisão sobre o pedido. Em meio aos colegas no plenário, Duarte desmentiu boatos de que poderia renunciar ao mandato durante a reunião plenária desta segunda-feira. Ele ainda negou qualquer constrangimento em razão do processo administrativo que corre na Câmara e que poderá resultar na perda do mandato.

“Confiamos na imparcialidade nos trabalhos da Comissão Processante. Apresentaremos nossa defesa aqui e o faremos no Judiciário. A gente conseguirá mostrar evidências concretas (da inocência) para um parecer favorável a nós”, afirmou. O vereador disse que apresentará provas que não teve oportunidade de anexar ao inquérito.

Em entrevista à imprensa, Cláudio Duarte negou que tenha praticado a “rachadinha” em seu gabinete e assegurou que sequer sabia existir recolhimento de dinheiro por funcionários. 

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O assunto veio à tona em operação da Polícia Civil, a partir de denúncia realizada por Marcelo Caciano, ex-funcionário de seu gabinete. O vereador alega que as declarações são caluniosas e um retaliação pela exoneração realizada em novembro do ano passado. 

“Nunca existiu essa prática com o meu conhecimento. Nem antes, nem agora”, disse, ao ser questionado sobre declarações da defesa dele de que havia “doações voluntárias” para trabalhos sociais e contribuição para o PMN, partido pelo qual foi eleito na disputa de 2018. 

Na segunda-feira que vem, dia 10, Cláudio Duarte será ouvido pela comissão, quando também será aberto o prazo para a apresentação da defesa escrita. Caberá a Mateus Simões fazer o relatório que poderá recomendar pela cassação do mandato do colega de plenário. 

Para a aprovação do relatório são necessários os votos de dois dos três integrantes da comissão. A previsão é que o texto seja apreciado no plenário em 1º de julho, sendo necessário o voto de pelos menos 28 dos 41 vereadores de Belo Horizonte.



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