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Agenda de viagens de Bolsonaro vira mais um motivo de decepção para aliados

Written by adminab

Prometida por Jair Bolsonaro ao longo da campanha eleitoral, agenda de viagens pelo Brasil vira mais um motivo de decepção para políticos aliados

O tsunami” que pode atingir o governo esta semana, sugerido na sexta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, tem o próprio comandante do país como causa original. A analogia usada pelo chefe do Palácio do Planalto é consequência de suas equivocadas decisões ao longo do curto mandato. 

A resistência em mudar a articulação política com os parlamentares e as poucas viagens pelo Brasil jogam contra a construção de uma base aliada e a favor da reincidência de derrotas no Congresso.

Quando Bolsonaro começou a receber presidentes e líderes partidários, em 4 de abril, e acenou que o importante é a “boa política”, alguns congressistas acreditaram que, enfim, ele mudaria o diálogo. Imaginaram que o governo, por meio da Casa Civil, finalmente abriria as negociações por cargos nos estados, inserindo apadrinhados em superintendências estaduais e regionais da administração pública indireta nas unidades da Federação.

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A relação poderia ser diferente se Bolsonaro, pelo menos, viajasse o país. Mas nem isso, o presidente tem feito. Desde o encaminhamento da reforma da Previdência, em 20 de fevereiro, até sexta-feira, 10, ele realizou, dentro do país, um total de 13 viagens oficiais. Foi quatro vezes ao Rio de Janeiro, três vezes a São Paulo, duas vezes a Foz do Iguaçu (PR) e uma vez a Macapá, Curitiba, Navegantes (SC) e Ribeirão Preto (SP). 

Embora em uma das agendas tenha ido ao estúdio do SBT, na capital paulista, para uma entrevista ao Programa do Sílvio Santos, que garante a ele uma exibição em escala nacional na TV aberta, parlamentares julgam que é muito pouco.

O resultado disso foi decepcionante para parlamentares dispostos a compor uma base governista. Para a maioria, os diálogos por cargos não fluem. Sem as indicações, deputados e senadores ficam enfraquecidos em suas bases eleitorais, sobretudo os novatos, que, em 2019, não têm emendas impositivas a receber — recursos que o governo é obrigado a executar. Com as eleições municipais de 2020 no horizonte, é uma ameaça ao fortalecimento dos políticos nos estados.


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