Artigo: Ciência da politica – Comportamento politico da nova câmara dos Deputados.
“O confronto politico que aconteceu entre o planalto e câmara dos deputados demonstraram que, a maioria dos deputados não querem largar a velha política.” Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) explicou a crise entre seu governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que atrasou a tramitação da reforma da Previdência nas últimas semanas e tisnou a confiança do mercado nos ajustes prometidos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Cobrado por Maia a articular ele próprio os 308 votos necessários para aprovação da reforma, Bolsonaro reagiu se recusando a fazer o mesmo que os ex-presidentes Lula (PT) e Michel Temer (MDB); ambos enrolados na Lava Jato. Se não negocia cargos e emendas, Bolsonaro também não se reúne com partidos para convencê-los a votar a proposta e não tem mostrado sinais em montar uma coalizão no Congresso.
A fatura da sua chamada ‘nova política’ resultou em uma derrota de 453 votos a 6 em uma proposta que pode tornar ainda mais engessado o orçamento federal.
O que define o discurso de “nova política ? ” é apenas uma retórica porque não houve nenhuma mudança substancial nas regras de funcionamento do sistema político e das instituições no País; apenas um novo clico político do ponto de vista ideológico. “Negociar não é distribuir cargos. Nem distribuir dinheiro. Principalmente dinheiro sujo. Negociar é a arte da política.
Você pode negociar com ideias. Você pode ter um projeto de reforma da Previdência tão consistente que você convença as pessoas sem distribuir nada para ninguém. Agora, você precisa sentar e conversar. Você precisa compreender que a visão do Executivo não é unanimidade. Principalmente em matérias em que o cidadão percebe que haverá perdas”, explica a especialista.
O episódio que envolveu a Deputada Ale Silva do (PSL), na denuncia contra o Ministro do Turismo Alvaro Antonio também do (PSL) , no caso das candidaturas laranjas ainda sendo o mesmo presidente estadual do mesmo partido, podemos dizer, que atitude da Deputada foi uma ação real da nova política.
Histórico
Nas décadas de 30 e 40, Getúlio Vargas escreveu vários livros com o termo “novo”. Não à toa, ele presidiu o “Estado Novo” (1937 – 1946); sucedido pela “República Nova” (1946 – 1964). Não confundir com a “Nova República”, período posterior à ditadura militar. Em 1989, Fernando Collor foi eleito prometendo ser “um novo político para um novo tempo” e seu plano econômico foi chamado de “Brasil Novo”. Na corrida presidencial, a “nova política” foi o slogan de Marina Silva em 2010 e do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em 2014. Nesse meio tempo, Fernando Haddad (PT) se elegeu prefeito de São Paulo com o mote “um homem novo”.
“Esse é um slogan muito usado em campanhas. A tentativa é de mostrar que vai existir uma nova forma de governo diferente da existente. Assim foi com Vargas, assim foi com Marina, assim foi com Eduardo Campos e assim é agora”, lembra o marqueteiro eleitoral Carlos Manhanelli. “Bolsonaro usou isso na campanha eleitoral. Agora, a nova política fala de não ter troca de cargos ou liberação de emendas. Mas quando o presidente apresenta um projeto, o Legislativo vai ver os pontos que ele discorda ou tem dúvida e vai chamar o Executivo para mostrar seus argumentos. O governo não pode abrir mão disso. Não é assim que se faz política; nova ou
Doriedsion Botelho- Consultor, Pesquisador, Jornalista, Gestor Publico e Ambiental, Teólogo e (Formando em Ciência Política)
